Sabia que vários fatores podem influenciar no conforto térmico do pergolado de madeira? Descubra quais são e conheça as soluções para ter um clima perfeito na área externa!
A área de lazer deve ser a menina dos olhos da casa, aquela área onde todas as preocupações desaparecem e o sol brilha mais forte só para você. Só que é aqui que entra uma questão muito importante: o conforto térmico do pergolado de madeira.
Então imagine ter aquela estrutura perfeita, belíssima, que deixa tudo mais bonito e sofisticado e não poder usar porque esquenta demais?
Na verdade, esse é um assunto mais complicado do que parece e é especialmente importante quando o pergolado vai servir como um ambiente da casa, ou seja, como uma área gourmet, varanda ou ambiente de estar, por exemplo.
Há vários fatores e detalhes que devem ser levados em consideração na hora da obra – e soluções que devem ser tomadas para reparar os problemas. Só que não é todo construtor que se preocupa com isso.
Aí é até comum o pergolado não poder ser usado durante o dia, por exemplo, porque o ambiente fica quente demais. Já pensou ter um pergolado que só poder ser usado à noite ou no inverno? Para se ter uma ideia, há casos em que o morador até precisa jogar água na cobertura para tentar resfriar o ambiente.
Sim, é complicado, mas não precisa ser, veja algumas dicas para evitar esse problema e como resolvê-los quando não podem ser evitados!
Conforto térmico, um assunto bastante delicado
Ninguém imagina construir um pergolado e depois não aguentar o calor lá dentro. Mas isso não deve ser mesmo uma preocupação sua, mas sim de quem vai construir a estrutura.
No entanto, é sempre bom ficar a par do que pode ser feito para evitar problemas como esse – até para não cair na lábia de um construtor qualquer.
Então lembre-se, o que pode parecer uma economia hoje provavelmente será um gasto muito maior e um arrependimento profundo um pouco mais adiante.
Tudo é um bom planejamento, que deve partir da empresa responsável para evitar que o consumidor precise ficar fazendo remendo e gastando mais dinheiro depois do pergolado pronto.
O primeiro passo, então, é compreender que um conforto térmico depende, basicamente, de 5 aspectos básicos. Como é bastante difícil que apareçam ao mesmo tempo em um mesmo projeto, é preciso criar prioridades entre eles, determinando quais são os mais importantes e de quais deve-se abrir mão:
- Altura do pé direito
- Circulação de ar
- Entrada de calor pela cobertura
- Entrada de calor pelas laterais
- Fontes de calor internas (churrasqueira, fogão a lenha, etc)
1 – Altura do projeto
O primeiro aspecto relevante é a altura do pé direito, já que o ar quente é mais leve que o ar frio, subindo e se distanciando das pessoas. Não é o que acontece quando o pé direito é baixo: o ar quente vai ficar mais perto da cabeça, aumentando a sensação de calor.
Por isso, um pergolado mais alto pode aumentar o conforto térmico, a menos que as laterais fiquem muito amplas e o calor entre por elas. Então é necessário haver um estudo para que a estrutura fique equilibrada.
Além disso é preciso considerar que um pergolado é diferente de um quiosque ou de um telhado, que têm a cobertura e a estrutura muito inclinada. Com isso, a cumeeira acaba formando um bolsão de ar na parte superior – o que não acontece com o pergolado, já que a cobertura é reta.
2 – Circulação de ar
Em segundo lugar vem a circulação de ar, já que sem haver renovação, o ar quente fica confinado. Por isso é importante que o pergolado seja aberto, tenha ventilador ou aberturas suficientes para haver essa troca de ar.
Isso, é claro, quando não tiver ar-condicionado ou quando o aparelho estiver desligado.
3 – Entrada de calor pela cobertura
O terceiro ponto é a entrada de calor pela cobertura, que precisa ser barrada de alguma forma. Ao contrário do que muita gente pensa, vidro e policarbonato têm péssima eficiência térmica.
Estes produtos praticamente funcionam como uma lupa, transformando o local em uma verdadeira estufa. A solução, então, é evitar os dois materiais – ou colocar uma película protetora, o famoso Insulfim.
Para evitar a cobertura de vidro e policarbonato, a melhor solução é usar telha térmica, como a telha sanduíche ou a Pergotelha.
A vantagem da Pergotelha é que ela continua oferecendo a transparência desejada, deixando a iluminação natural passar, mas protege do calor porque já vem com o Insulfilm da Dupont que bloqueia até 90% da passagem de calor.
Em todo caso, o ideal é ainda revestir a cobertura, seja ela qual for, com forro de palha ou de bambu, que também oferecem conforto térmico.
Como funcionam as telhas térmicas
No entanto, mesmo com essas estratégias, simplesmente há dias e épocas do ano que o calor é excessivo. O próprio ar está quente demais, seja em uma casa com laje e forro, seja em um apartamento, na varanda, no pergolado, seja onde for.
Por isso é preciso que lançar mão de outras soluções, como o ar-condicionado, no pergolado fechado com vidro, e o ventilador de teto.
Entretanto, um ponto muito importante é entender o funcionamento dessas coberturas térmicas. Esses produtos não deixam passar o calor, mas é claro que não funcionam resfriando o ar, como um ar-condicionado, por exemplo.
A Pergotelha bloqueia até 90% da passagem do calor. Falando assim, parece que em um dia com temperatura de 30ºC, o ambiente interno ficaria com apenas 3 graus, que seriam os 10% restante.
Mas não é bem assim. Na verdade, esses 3ºC são o que passam para o ambiente interno através da Pergotelha, mas ainda há a temperatura interna do espaço, trocando calor com o ambiente ao redor, já que a estrutura é aberta.
É aí que entram as outras soluções no projeto do pergolado para tentar reduzir ainda mais esses 3ºC através da circulação de ar, estudando a altura da estrutura, o local de instalação, etc.
Mesmo assim, em dias em que o ar está muito quente, o uso de formas mecânicas de resfriamento, como o ventilador de teto ou o ar-condicionado, é inevitável.
4 – Entrada de sol pelas laterais
O quarto ponto é a entrada de sol pelas laterais, o que é comum acontecer e levar um pouco mais de calor para o ambiente interno. Inclusive, na maioria das vezes, não há como evitar, apenas tentar minimizar. Nesse caso há algumas estratégias para reduzir a entrada de calor pelas laterais do pergolado.
A primeira é analisar a forma como o sol se comporta no ambiente durante o dia, procurando prever o tamanho que o pergolado de madeira deve ter para que o sol não atrapalhe.
Assim, a ideia é fazer o pergolado um pouco maior, de forma que a sombra da própria estrutura corresponda exatamente ao local de estar, ao ambiente funcional.
Outra forma é usar toldo ou tela solar retrátil, que interferem bem pouco na estética e são eficientes para quebrar a entrada de sol nas horas de maior incidência.
Já nos ambientes com fechamento em vidro, é possível também usar a película de Insulfilm transparente no vidro, em conjunto ou não com persiana ou tela solar.
Excessões
Porém sempre há exceções, como quando o pergolado de madeira é construído para fazer sombra em um outro ambiente da casa. Nesse caso a função do pergolado é fazer uma barreia para que o sol não chegue a esse ambiente que precisa que ser usado em determinado horário.
Isso não significa que será impossível usar o pergolado porque ele será atingido em cheio pelo sol. Muito pelo contrário.
Como o sol gira no céu de acordo com o passar do tempo, a casa acaba ganhando uma área útil em outras horas do dia, quando ele ficar na sombra. Isso sem falar, é claro, que se torna um ambiente útil também à noite, ampliando sua área de estar ou de lazer.
5 – Fontes de calor
O quinto aspecto são as fontes de calor internas, como churrasqueira, fogão à lenha, forno de pizza, etc. Todas influenciam diretamente no conforto térmico do pergolado, por isso é muito importante estudar bem o local onde serão instaladas de forma a gerarem o mínimo possível de calor no restante do local.
Em relação à churrasqueira, por exemplo, o ideal é colocá-la em alguma das extremidades do pergolado, onde a circulação de ar é maior.
Agora que você já conhece os fatores que influenciam no conforto térmico do pergolado já sabe no que prestar atenção na hora do projeto.
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