Aprenda com especialistas sobre o uso da madeira em sua casa
Quais as espécies próprias para estruturas de telhado?
Geraldo Zenid, pesquisador do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de Sõa Paulo (IPT), lista algumas opções:
Peroba-rosa, a hoje escassa: angelim-pedra, angelim-vermelho, bacuri, cupiúba, eucalipto, garapa, goiabão, itaúba, maçaranduba, pau-roxo e sapucaia.
Antes de fazer a escolha, ele indica que se elabore um projeto segundo critérios da NBR 7190.
“Com base nela, o engenheiro ou o arquiteto calcula a classe de resistência necessária e as propriedades requeridas para atender ao uso específico.
Com esses dados, o projetista sugere tipos adequados às necessidades calculadas”, explica.
Como proteger portas, janelas e estruturas das intempéries?
“Depende se ficam em área externa ou interna, se sofrem incidência direta do Sol, se há muita umidade no ar”
Enumera Flávio Maranhão, professor do curso de Engenharia Civil da Universidade São Judas, de São Paulo.
O tratamento em autoclave e com metais pesado pode ser recomendado a casos de exposição intensa ao Sol, à chuva ou à maresia.
Para a madeira menos exposta, de uso interno ou em locais secos, Flávio indica verniz ou stain.
“O segundo não tampa os poros, permitindo que toda a água que penetre saia na forma de vapor”, ressalta.
Dependendo da situação, como em pilares enterrados, combinam-se ambas as precauções.
O que distingue o piso laminado do maciço?
O primeiro tem miolo HDF ou HPP (feito de fibras de madeira) e é revestido de uma lâmina decorativa.
Instalado por encaixe, pode cobrir pisos existentes de cerâmica, lajota, vinil e concreto (desde que limpos, nivelados e isentos de umidade), e já vem com acabamento de fábrica.
Já os maciços utilizam madeira nativa e apresentam diversos formatos, como tacos, assoalhos e parquês, fornecidos com ou sem acabamento.
Para a instalação, feita normalmente com colagem, o contrapiso deve estar nivelado e seco.
“O piso maciço aceita restauro ao longo dos anos, com lixamento e aplicação de nova camada de proteção”, lembra Ariel de Andrade, gerente executivo da Associação Nacional dos Produtores de Pisos de Madeira (ANPM).
Em que ambientes a madeira vai bem como revestimento de parede?
Muito usados em quartos de criança e copas, os lambris (réguas pintadas, envernizadas ou de demolição fixadas vertical, diagonal ou horizontalmente) fazem boa parceria com papel de parede ou pintura, segundo arquiteta Paula Nicolini, de São Paulo.
Já o revestimento de parede inteira é mais comum em home theaters e halls de entrada.
De todo o jeito, antes da instalação a parede deve estar seca e sem infiltrações, além de regularizada.
Ela receberá o ripado sobre o qual será montado o painel.
“Assim, o ar circula por trás dele, evitando mofo”, diz Paula.
FONTE: Revista Arquitetura & Construção